Como Podemos Ajudar

Depressão

Depressão é uma desordem psiquiátrica muito mais frequente do que se imagina. Estudos recentes mostram que 10% a 35% das pessoas apresentam sintomas dessa enfermidade.

Para caracterizar o diagnóstico de depressão, foi criada a tabela descrita abaixo. Nela, cinco ou mais dos sintomas relacionados devem estar presentes para que se caracterize o diagnóstico da depressão. Dentre estes, um é obrigatório: estado deprimido ou falta de motivação para as tarefas diárias, há pelo menos duas semanas.

Critérios para diagnóstico de depressão

(segundo o DSM-IV, Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders, 4ª edição)

  • Estado deprimido: sentir-se desmotivado a maior parte do tempo;
  • Isolamento: dificuldades em se integrar a grupos ou com outros indivíduos;
  • Anedônia: interesse diminuído ou perda de prazer para realizar as atividades de rotina;
  • Sensação de inutilidade ou culpa excessiva;
  • Dificuldade de concentração: habilidade frequentemente diminuída para pensar e concentrar-se;
  • Fadiga ou perda de energia;
  • Distúrbios do sono: insônia ou hipersônia praticamente diárias;
  • Problemas psicomotores: agitação ou retardo psicomotor;
  • Perda ou ganho significativo de peso, na ausência de regime alimentar;
  • Idéias recorrentes de morte ou suicídio.

De acordo com o número de itens respondidos afirmativamente, o estado depressivo pode ser classificado em três grupos:

  • Depressão menor (leve): 2 a 4 sintomas por duas ou mais semanas, incluindo estado deprimido ou anedônia;
  • Distimia (moderada): 3 ou 4 sintomas, incluindo estado deprimido, durante dois anos, no mínimo;
  • Depressão maior (grave): 5 ou mais sintomas por duas semanas ou mais, incluindo estado deprimido ou anedônia.

Os sintomas da depressão interferem drasticamente na qualidade de vida e estão associados a altos custos sociais: perda de dias no trabalho, atendimento médico, medicamentos e suicídio. Pelo menos 60% das pessoas que se suicidam apresentavam sintomas característicos da doença.

Fatores de risco para depressão:

  • Histórico familiar;
  • Problemas na área da Sexualidade;
  • Questões relacionadas à idade;
  • Situações ligadas à pressão social;
  • Episódios anteriores de depressão;
  • Parto recente;
  • Acontecimentos estressantes;
  • Dependência de drogas;
  • Crenças negativas.

O número de casos de depressão entre mulheres é o dobro dos homens. Não se sabe se a diferença é devida a pressões sociais, a diferenças psicológicas ou ambas. A vulnerabilidade feminina é maior no período pós-parto: cerca de 15% das mulheres relatam sintomas de depressão nos seis meses que se seguem ao nascimento de um filho.

A doença é recorrente. Os que já tiveram um episódio de depressão no passado apresentam 50% de risco de repeti-lo. Se já ocorreram dois, a probabilidade de recidiva pode chegar a 90%; e se tiverem sido três episódios, a probabilidade de acontecer o quarto ultrapassa 90%.

Como se sabe, os quadros de depressão podem ser disparados por problemas psicossociais, como a perda de uma pessoa querida, do emprego ou o final de uma relação amorosa. No entanto, até um terço dos casos estão associados a condições médicas.

Diversos medicamentos de uso continuado podem provocar quadros depressivos. Entre eles estão os anti-hipertensivos (para pressão alta), as anfetaminas (incluídas em diversas fórmulas para controlar o apetite), os benzodiazepínicos, as drogas para tratamento de gastrites e úlceras (cimetidina e ranitidina), os contraceptivos orais, cocaína, álcool, anti-inflamatórios e derivados da cortisona.

Sobre o Autor

construtora

Comentário

Click here to post a comment

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *